terça-feira, 18 de setembro de 2012

PMs envolvidos em atropelamento fatal em Figueira passam por tratamento psicológico

Uma das mulheres morta era mãe de um detento de Curiúva

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A dupla de policiais militares que estava em uma viatura, que no sábado, atropelou e matou duas mulheres, durante uma perseguição pela cidade de Figueira, foi encaminhada para tratamento psicológico na cidade de Curitiba.

A assessoria da 3ª Companhia Independente de Telêmaco Borba, responsável pelo policiamento em Figueira, explicou que foi aberto um procedimento interno para apurar as causas do acidente. “Foi aberto um inquérito técnico para apurar as condições da viatura, se havia problemas, pois há marcas no local de frenagem de apenas um dos pneus”, explicou o responsável pelo setor, tenente Oliver Augusto Spanghero.

De acordo com a assessoria da PM, uma das vítimas morreu ainda no local do acidente, já a outra, morreu pouco depois de receber atendimento. Os corpos das duas vítimas, Janaína Cássia Rodrigues Oliveira, 28 anos e Maria das Graças Santos (56), foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. Segundo informações do boletim de ocorrência, as mulheres estavam na calçada quando aconteceu o acidente.

O delegado de Telêmaco Borba que responde pela cidade de Figueira, Jonas Eduardo Peixoto do Amaral, contou que foi instaurado inquérito para apurar os fatos. “Instauramos um inquérito policial para apurar as causas, ouvimos os policiais e pedimos uma perícia detalhada na viatura. O próximo passo é ouvir testemunhas, mas o caso está ainda sob investigação”, contou o delegado que informou ainda que a uma das mulheres mortas no acidente, é mãe de um detento que está preso em Curiúva.

O tenente Spanghero explicou ainda que os dois policiais ficaram muito mal depois do ocorrido. “Eles foram encaminhados para tratamento psicológico em Curitiba, pois ficaram mal depois do acidente”, declarou. Ele explicou ainda que um processo criminal será instaurado pelo Ministério Público para apurar as causas do acidente e de que foi a culpa pelas mortes.

“Se comprovado pelo procedimento do Ministério Público que os policiais foram culpados, é aberto uma sindicância para exclusão, mas isto só depois de concluído e, acaso for constatado a culpa ou parte dela”, explicou Spanghero. Ele confirmou ainda que uma diretriz interna da PM aconselha a não realizar acompanhamento tático dentro do perímetro urbano.

Acidente

O atropelamento aconteceu na tarde de sábado e segundo consta no boletim de ocorrência, o policiais começaram um acompanhamento tático a uma moto, onde o condutor era suspeito de praticar roubos na região. De acordo com a PM, ao realizar a curva para entrar na rua Pessegueiro no Jardim Primavera, os policiais se depararam com um GM Chevete de cor azul na contramão, e segundo eles, para evitar a colisão o motorista da viatura tentou desviar, onde perdeu o controle e atropelou as duas mulheres.

O motorista da viatura foi encaminhado para o Pronto Socorro, já o passageiro não sofreu ferimentos. “Depois do ocorrido, outros policiais conseguiram deter o motoqueiro, mas não era o que eles procuravam. O carro que os policiais disseram que estava na contramão, não foi encontrado até agora”, disse Spanghero. No momento do acidente, a dupla de militares ainda passou pelo teste de alcoolemia, que não indicou álcool no sangue.

Fonte Informe Policial

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