Representantes do Ministério Público Federal visitaram a tribo
indígena Xetá em São Jerônimo da Serra (78 km ao sul de Cornélio
Procópio) como parte das ações propostas no Inquérito Civil Público que
tem o objetivo de apurar a situação atual da tribo, que foi dizimada na
década de 50 no Distrito de Serra dos Dourados, na região de Umuarama.
Segundo
o procurador Robson Martins, responsável pelo inquérito, a tribo era
formada 300 índios, sendo que apenas cinco integrantes remanescentes
foram localizados em São Jerônimo da Serra, onde aproximadamente 350
descendentes dos Xetás vivem entre outras tribos, como os guaranis e os
kaingangs.
"Após serem dizimados, os índios Xetas se
espalharam por todo o Estado. Atualmente, a maior concentração está na
aldeia de São Jerônimo. No entanto, viver no meio de outras tribos é
como um grupo de pessoas que moram em outro país", comparou o procurador
do MPF de Umuarama, ressaltando a necessidade de preservação dos
Xetás.
Ele informou que, anualmente, duas oficinas são promovidas para manter a cultura da tribo indígena.
A
Funai e a antropóloga do Ministério Público Federal de Londrina,
Luciana Maria de Moura Ramos, também participaram da visita em São
Jerônimo da Serra. "O importante é acompanhar a tribo para garantir que
a cultura, história e tradição sejam preservadas no Estado", ressaltou
Martins.
do Bonde
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