Prefeito anuncia moratória em Jaboti por 90 dias

Município está endividado e com veículos e equipamentos sucateados

 

Em visita de cortesia ao npdiario, onde foi recebido em almoço na manhã deste sábado,dia 12,o prefeito de Jaboti, Vanderley Siqueira Silva(fotos) anunciou moratória por três meses.Ele priorizará a questão do saneamento das dívidas e dos restos a pagar, o que deve demorar pelo menos um ano para equalizar. Para isso, o novo governo fará um racionamento de gastos na ordem de 30% da verba de custeio.Lei da Lica, como é conhecido,adiantou,porém, que a verba de convênios e parcerias não sofrerá alterações.

O político do PSDB informou ter encontrado R$ 450 mil em contas e apenas oito mil reais em caixa.

Até mesmo a mensalidade do Cisnorpi(Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro) o ex-prefeito Esmael Carvalho(PRP) não pagou, atrasando em seis meses, o que chegou a R$ 18 mil."Tivemos que parcelar a dívida para a entidade voltar a atender nossa população; foi um descaso muito grande", declarou, ao confirmar que a saúde não tem nenhum veículo.Quem tem ajudado o município é o prefeito reeleito de Pinhalão, Claudinei Benetti(PSD)."Um Gol e um Uno estão batidos e a ambulância com o motor fundido.

Na semana passada, Lei esteve com o secretário estadual de Saúde, Michele Caputo, em Curitiba, e ele prometeu que cederá um veículo para a prefeitura atender o setor.

O chefe do executivo também conseguiu um Corsa 2002 com a Receita Estadual.

O almoxarifado está com máquinas e equipamentos sucateados,"só tem uma pá e uma retro, e trator desmontado,caminhão fundido...",assinala.

As prioridade para o novo prefeito,que tem 53 anos, e trabalha com insumos agrícolas, fertilizantes, embalagens e compra e venda de frutas,será a saúde, o pagamento em dia dos servidores e a elevação da qualidade de vida dos jabotienses.Ele tem apoio da maioria da câmara de vereadores.

Como já sublinhou durante a campanha eleitoral, "é preciso agregar valor aos produtos agrícolas do município, com a industrialização.O morango, por exemplo, tem cinco mil pés e é necessário buscar alternativas como a acerola, abacaxi, manga e maracujá".

"Vamos profissionalizar o campo,formando consórcios com outras cidades da região e viabilizar um despolpador,locais adequados para armazenamento e mais poços artesianos na zona rural para a limpeza e manutenção das frutas.

Lei da Lica pede participação efetiva da comunidade para atingir esses objetivos,"a eleição acabou, agora vamos nos unir por uma Jaboti de mais desenvolvimento econômico e social",concluiu.

Np Diário