O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) apresenta terça-feira
(31), para proprietários de clínicas médicas e psicológicas e de centros
de formação de condutores, uma proposta para informar melhor os
candidatos à habilitação e alterar a maneira com que as avaliações
psicológicas são feitas. As mudanças, que já são discutidas desde o ano
passado, vão entrar em vigor a partir de outubro e têm como objetivo
tornar o processo de exames mais transparente.
Seguindo uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), desde
2008 a avaliação psicológica é feita em duas etapas: uma coletiva e
outra individual, com aplicação de testes, entrevistas e observação.
Hoje, o candidato realiza primeiro o teste coletivo e, obrigatoriamente,
é inscrito no sistema como “Necessita Nova Avaliação”, já que ele ainda
deve fazer o teste individual. Neste caso, não há nova cobrança de
taxa, sendo pago no início do processo o valor de R$ 132,02.
Pelo modelo atual, depois de realizado o teste individual, o psicólogo
pode ainda entender que não teve informações suficientes para declarar o
candidato apto ou não a dirigir e solicita um novo horário de
avaliação, que é cobrado e custa R$ 66,01. Segundo a proposta do Detran,
a principal mudança seria justamente a inversão na ordem das
avaliações, a realização dos testes no mesmo dia e o fim do diagnóstico
Necessita Nova Avaliação (NNA).
“Hoje temos dois exames desvinculados e dois resultados separados, sendo
um deles o Necessita Nova Avaliação. Passaremos a ter um exame em duas
etapas, com um só resultado. O candidato será declarado apto ou inapto
com base no desempenho alcançado na etapa individual e na coletiva”,
explica o chefe da Divisão Médica e Psicológica do Detran, Gustavo
Fatori.
ORIENTAÇÕES – O Detran, o Sindicato dos Proprietários de Centros de
Formação de Condutores e a Associação dos Centros de Avaliação de
Condutores do Paraná também preparam, em conjunto, um material para
explicar como funcionam as avaliações psicológicas, quais habilidades
avaliadas, os direitos dos candidatos e os deveres dos envolvidos.
A entrega do laudo de avaliação e a realização gratuita da entrevista
devolutiva, por exemplo, são direitos dos candidatos que devem ser
divulgados em cartilhas e nas aulas teóricas nos CFCs. Os documentos,
apesar de não alterar resultados, devem auxiliar e permitir que os
usuários entendam quais pontos determinaram sua inaptidão.
“Nossa intenção é desmistificar a avaliação psicológica, explicando aos
candidatos como e por que elas são feitas. Entendemos que o nível dos
testes é muito bom, os índices estão dentro da normalidade e que o rigor
é necessário para termos mais segurança no trânsito. Dirigir é questão
de habilidade e requer do motorista atenção, calma, e capacidade de
reação”, destaca o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
AVALIAÇÕES - Entre janeiro de 2011 e junho de 2012 foram realizadas
408.117 avaliações psicológicas somente para candidatos à primeira
habilitação. Cerca de 36%, pouco mais de 147 mil pessoas, precisaram
complementar o exame individual, diagnosticados como nova avaliação ou
inaptos temporários. Como comparação, vale lembrar que o índice de
reprovação deste mesmo grupo no exame prático é, em média, 50%.
Fonte: Agencia Estadual de Notícias do Paraná
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