quinta-feira, 26 de julho de 2012

Superlotação no pronto-socorro faz HU restringir atendimento nesta manhã

No total, 76 pessoas estavam internadas em um espaço com capacidade para 48. Um dos pacientes estava entubado aguardando leito em UTI
O Hospital Universitário (HU) de Londrina restringiu o atendimento a novos pacientes na manhã desta quinta-feira (26), por conta da superlotação no pronto-socorro. No total, 76 pessoas estavam internadas no local, que possui capacidade para 48 pacientes. A orientação da superintendente do HU, Margarida de Carvalho, é para que as pessoas não procurem o hospital de forma espontânea.

Segundo Margarida, um dos pacientes internados no pronto-socorro aguardava a liberação de um leito na UTI entubado em uma maca de forma improvisada. Apesar da restrição no atendimento, o hospital continua recebendo demandas dos serviços de emergência Samu e Siate.
Superlotação afeta serviços do Siate e Samu 
Nos últimos dias 12 e 13, os três maiores hospitais de Londrina enfrentaram a superlotação nos prontos-socorros. Na noite do dia 11, a retenção de sete macas do Siate e Samu prejudicou o atendimento de emergência na cidade por mais de duas horas. Já na manhã do dia 12, só o Hospital Universitário (HU) atendia 85 pacientes, quando a capacidade é para apenas 48. Nenhum deles ocupava macas de ambulâncias.
O Hospital Evangélico, que possui dois leitos para atendimento de emergência, tinha cinco pacientes internados no setor por volta das 11 horas do dia 12. Um deles estava em uma maca do Samu. A Santa Casa possui quatro leitos no Pronto-Socorro, mas por volta do meio-dia, tinha 18 pacientes internados.
Das 18h às 20h30 de 11 de julho, todas as macas do Siate, quatro no total, e outras três do Samu ficaram retidas nos hospitais Universitário (HU), Evangélico e na Santa Casa de Londrina. Elas serviram como leito, por conta da falta de vagas nos três hospitais.
O subcomandante do Corpo de Bombeiros de Londrina, Ricardo Jammes Teixeira, disse na ocasião que a cidade teve o atendimento de urgência e emergência comprometido. “Sem a maca, a ambulância fica inoperante. E por duas horas, na quarta, Londrina ficou sem nenhuma ambulância em condições de atendimento”, explicou. Dois motociclistas que sofreram quedas nesse período tiveram que esperar a liberação das macas para receber atendimento.
Segundo informações do Samu, o serviço dispõe de seis ambulâncias, sendo quatro de atendimento básico e duas avançadas. No HU, no momento em que as duas macas do Siate ficaram retidas na quarta, 75 pacientes lotavam a sala de emergência, que possui capacidade para 48 leitos.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, um dos fatores que causam impacto no atendimento do HU é a procura direta. São pacientes que deveriam ser atendidos em unidades básicas de saúde, mas que procuram o primeiro o hospital, sem passar por uma triagem.

Fonte: Jornal de Londrina

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