sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Operação Sucupira deve convocar mais 80 pessoas


O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deve convocar nos próximos dias mais de 80 pessoas para prestar depoimento na investigação sobre desvio de dinheiro público na Prefeitura de São Jerônimo da Serra (Norte Pioneiro). Ontem, na sede do Ministério Público (MP) em Londrina, foram ouvidas duas pessoas suspeitas de envolvimento no esquema. Uma delas é servidora municipal e namorada de um dos filhos do prefeito, Adir dos Santos Leite (PSDB). Dois filhos dele, Adcarlos dos Santos Leite (secretário de Administração) e Alisson dos Santos Leite, estão presos na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2). 

O promotor de Justiça Claudio Esteves informou que, em razão das prisões, o MP tem no máximo 15 dias para apresentação de denúncia à Justiça. "Não será possível ouvir todos neste período, mas haverá uma sequência importante de oitivas." Ele confirmou que o MP pediu a revogação de cinco prisões temporárias. Anteontem, quando o Gaeco deflagrou a Operação Sucupira em São Jerônimo da Serra e em mais sete cidades, foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão, além de 18 mandados de prisão. Entre os que seguem detidos estão os vereadores José Jacir Sampaio (PSD), Isaque Pereira Martins (PPS) e Amarildo Bueno (PR), o tesoureiro da prefeitura, o chefe de gabinete do prefeito e o pregoeiro do setor de licitações. 

O grupo é suspeito de ter cometido os crimes de fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com Esteves, "ainda é impossível dizer o valor envolvido, antes de analisarmos os documentos". Outros mandados de busca e de prisão podem ser pedidos. Dois pedidos de prisão contra o prefeito Adir foram negados no Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná. Ontem, advogados dele analisavam o conteúdo da investigação, de 13 volumes, e não deram detalhes sobre o caso. 

PPS
O PPS do Paraná anunciou que vai pedir o "imediato afastamento" do vereador Isaque Martins (PPS) das funções partidárias. Ele poderá também ser penalizado com expulsão do partido. O PPS tomou a decisão devido à prisão do vereador "com mais dois colegas por receber recursos da prefeitura para pagar abastecimento de veículos".
Edson Ferreira
Reportagem Local FolhaWeb

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